Percorremos uma zona de carvalhos, azinheiras, vinhas e castanheiros. Há duas opções para esta etapa: por Villanueva de las Peras (com uma imagem de Santiago na igreja) ou por Bercianos de Valverde; ambas convergem alguns quilómetros antes de chegar a Santa Croya de Tera. É surpreendente ver o aspeto das adegas destas aldeias, escavadas no chão, que alguns habitantes simpáticos e hospitaleiros se oferecem para nos mostrar.
Saímos por entre choupos até ao rio Castrón e, depois de o atravessar e de um agradável passeio, chegamos a Santa Croya de Tera, uma aldeia junto às margens do rio Tera, onde podemos tomar banho na época estival. A dois quilómetros de distância, do outro lado do rio, encontra-se Santa Marta de Tera, que possui uma bela igreja românica com abside quadrada, belos capitéis e um belo trabalho de xadrez, que fazia parte do mosteiro que aqui existiu. No portal sul pode ver-se a imagem de pedra de Santiago Peregrino; trata-se da mais antiga escultura sobrevivente do apóstolo com os atributos de um peregrino, que se tornou o ícone universal do Caminho de Santiago e da peregrinação a Santiago de Compostela.