Torre de Sandiás
- Camino Sanabrés desde Granja de Moreruela / Xinzo de Lima-Allariz
A torre de Sandiás ou torre do Castro encontra-se na Câmara Municipal de Sandiás.
Atualmente, resta apenas uma parte da torre de menagem, onde se podem ver as suas grossas paredes e a sua planta quadrangular. Graças aos seus restos bem conservados, sabemos como estava disposta: podemos ver que tinha uma cave, três andares e um terraço. Do primeiro andar acedia-se ao resto do piso através de uma escada de madeira e o acesso ao terraço superior era feito através de uma escada interior na parede.
Está edificada sobre um castro antigo, da primeira metade do século XII, embora esteja documentada pela primeira vez em 1347, o que nos impede de corroborar historicamente a hipótese de ter sido construída nessa altura. Esta zona elevada era um espaço estratégico na passagem natural entre os vales do Limia e do Arnoia.
Foi construído para fazer face às lutas fronteiriças entre Afonso VII de Castela e Leão e Afonso I de Portugal, que disputavam o condado de Limia. Assistiu a vários confrontos e lutas nobres. Foi invadida e destruída pelo duque de Lencastre em 1387, numa tentativa de reclamar o trono de Castela. Pertenceu então a Alonso Pimentel, conde de Benavente e senhor da vila de Allariz. Mais tarde, em 1467, foi novamente destruída pelos Irmandiños.
A sua ruína é declarada Bem de Interesse Cultural desde 22 de abril de 1949 e pode ser visitada livremente por acesso pedonal.